ALCANÇAR OS NÃO ALCANÇADOS

O evangelho de Jesus está crescendo de forma notável em algumas regiões do Brasil, principalmente nas grandes cidades, poderíamos nos alegrar se não houvesse tantas divisões e tanta teologia desconectada com a Bíblia. A medida em que as Igrejas crescem nos grandes centros, cada vez menos é pregado o evangelho no interior do Brasil. E o pior é que poucas igrejas investem em missões, levando a mensagem aos quatro cantos da terra. Algumas pesquisas de entidades missionárias apontam dados alarmantes e dizem que cada crente do Brasil investe menos que o valor de um refrigerante na obra de evangelismo durante o ano. Porque as igrejas não olham para dentro de nosso próprio país?
No nordeste as pessoas estão esperando o evangelho chegar. A maior dificuldade é encontrar obreiros dispostos a ir lá pregar e estruturar algum tipo de trabalho. Faltam pessoas, recursos e interesse. Infelizmente, a maior parte das igrejas hoje estão preocupadas em ficar dentro de suas quatro paredes, e assim deixam de cumprir o mandato de Jesus que é justamente sair das quatro paredes e pregar ao mundo necessitado de Jesus. A igreja é responsável por enviar, acompanhar, sustentar e fazer-se presente entre os povos não alcançados. No Brasil, existem povos não-alcançados, basta procurarmos que encontramos pessoas que nunca ouviram falar do evangelho. Não precisamos sair do país para alcançar os não-alcançados, no norte e nordeste as pessoas conhecem o padre Cícero, Frei Damião, São João, entre outros, mais do que a Jesus. Aliás, para muitos estes santos são mais “poderosos” que Jesus. O que podemos fazer? Será que um dia não vamos ter que prestar contas como igreja por nossa omissão?
Fazer missões no Brasil é um desafio a ser enfrentado, pois:
• precisamos conscientizar a Igreja com relação às necessidades e as regiões que precisam ser alcançadas;
• investir financeira, estratégica e espiritualmente.
No ministério que atuamos, temos tido muitas dificuldades para manter todo o trabalho, mas quando vemos o resultado do trabalho nos animamos em continuar, pois Deus tem sido gracioso, e tem nos mostrado o seu poder na salvação das almas. Há inúmeros testemunhos quanto à ação de Deus, e isto nos anima a continuar investindo. Creio firmemente que o nordeste do Brasil é um grande celeiro de vocações missionárias, pois quando a conversão chega, eles não medem esforços para pregarem aos outros a mensagem do Evangelho.
Conheci um “pastor” no interior da Paraíba, não tem teologia, não é alfabetizado, mas tem um amor tão grande pela obra de Deus, que nos deixa constrangidos. Ele anda mais de 15 km em um “jeguinho” ou mesmo a pé, todo o final de semana para pregar o evangelho, o que nos questiona e nos deixa humilhados.
Assim, não fiquemos simplesmente sentados em bancos de igrejas, em quatro paredes, nos coloquemos a disposição do Senhor, e vamos orar e ajudar no evangelismo dentro do nosso próprio país.

ABELARDO NOGUEIRA JUNIOR - NOSSA MISSÃO

Adoração, Músicos e Músicas Por Rodolpho Gorski

Quando ocorreu pela primeira vez, a cena deve ter sido mais ou menos assim: Alguém se levanta e diz: "E agora, para a honra e glória de Deus, ouviremos um solo vocal que será apresentado pelo irmão...". O irmão se encaminha à plataforma, posta-se junto ao microfone. A congregação, por não ver nenhum acompanhante, seja ao piano, ou órgão ou outro qualquer instrumento, deduz que ele vai cantar sem acompanhamento.
Nesse instante, o solista olha para a técnica de som e com a cabeça faz um sinal de assentimento, e imediatamente ouve-se o inicio da música gravada que passa a ser o acompanhamento do solo. Era o início da era do play-back.
Na mente dos adoradores, diversas perguntas começaram a surgir: O louvor a Deus é o solo vocal ou a música toda? Por que a música não é ao vivo? Deus aceita o louvor por "procuração", isto é, um grava e o outro apresenta? E as pessoas que gravaram, o fizeram para louvar a Deus ou só porque eram profissionais da música? Esse acompanhamento condiz com o espírito de louvor?
A cena descrita já se repetiu por tantas e tantas vezes que a esta altura muitos já a aceitam como consagrada pelo uso e poucos se detêm a pensar sobre o verdadeiro significado da participação dos músicos e suas músicas no contexto da verdadeira adoração. Há ainda um outro importante elemento a ser considerado, que é a coerência que deve existir entre letra, música e intérprete.
A seguir, de forma desprendida de qualquer preconceito e objetivando unicamente contribuir para um melhor louvor e adoração a Deus, analisemos os princípios básicos que alguns poucos textos bíblicos nos dão sobre a questão.
Espírito de adoração
"Deus é espírito, e importa que os que O adoram O adorem em espírito" (João 4:24). A adoração efetiva é aquela em que o adorador entra em sintonia com o objeto da adoração, que é Deus. A comunhão é, pois, indispensável, e sem ela não pode haver adoração e louvor. A comunhão é uma via de duas mãos. Deus Se comunica conosco e nós nos comunicamos com Ele. Isso é encontro, identificação e sintonia, em espírito, entre Deus e o adorador.
Viver a verdade
Jesus disse: "Importa que os que O adoram O adorem em espírito e em verdade" (João 4:24).
Uma das bases da comunhão e da sintonia entre Deus e o Homem é a Verdade. A mentira levou o homem a separar-se de Deus, mas a Verdade, personificada em Jesus, uniu-nos de volta a Deus.
A aceitação intelectual da verdade é importante, pois é o ponto de partida para todas as mudanças da vida. Entretanto, é na pratica da verdade que se consolida a comunhão entre Deus e o homem. A verdade interiorizada em nós, pela graça de Cristo, exterioriza-se em nosso dia-a-dia através de todos os nossos atos.
Assim, pois, o adorador deve apresentar-se humildemente diante de Deus com lábios e ouvidos purificados; com mãos consagradas e o coração pronto para ouvir e seguir unicamente a verdade. O louvor de quem não vive a verdade, não é autêntico.
Santidade divina
"Adorai ao Senhor na beleza da Sua santidade" (Salmo 29:2). Sendo que a nossa adoração é prestada a um Deus que reconhecemos ser Santo, temos que ter em mente que tudo o que fizermos no sentido de prestar-Lhe culto, deve ser tributário a reverencia e à santidade do Deus que adoramos.